Um caso que completa um ano envolvendo o mistério no caso da morte de um atleta profissional com passagem pelo Grêmio. A família do ex-jogador Everton Júnior, que foi formado nas categorias de base do Tricolor, ainda cobra respostas sobre o caso.
No dia 8 de fevereiro, um dia antes da morte de Everton, ele teria invadido um condomínio localizado no bairro Medianeira, em Porto Alegre. Moradores do local conseguiram detê-lo e acionaram a Brigada Militar.
O Globoesporte teve acesso ao boletim pré-hospitalar do Samu, onde relata que o homem apresentava sinais de um "surto", estava "roubando em condomínio", "sob efeito de drogas" e acabou "linchado" pelos residentes.
Pelo menos quatro policiais militares compareceram ao condomínio para atender à ocorrência. O Samu removeu Everton para a ambulância, mas, ainda na maca, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser entubado.
Ele chegou com vida ao Hospital de Pronto-Socorro, mas faleceu no dia seguinte em decorrência de uma hemorragia provocada por lesões em órgãos da região abdominal. Everton morreu com 30 anos, deixando a esposa, uma filha de quinze anos e dois filhos de seis.
O pai, Everton Luiz Ferrão de Oliveira, cobra respostas sobre o laudo da morte do seu filho que, segundo ele, era dependente químico, mas jamais entraria para roubar e sim para pedir algum tipo de ajuda. A queda de altura, informada pela Samu, não convence o pai do ex-jogador.
"Para mim, a morte do Everton não tem relação com a queda. Não houve perícia no local. Como o socorrista do Samu vai dizer que o meu filho caiu de uma altura de três metros se não houve perícia? Um médico, dentro do hospital, botou queda de cinco metros. De onde ele tirou essa informação? Um dos depoimentos diz que o Everton caiu da altura de dois metros", afirmou.
A carreira por Grêmio e outros clubes
O último clube de Everton tinha sido o Angra dos Reis, do Rio de Janeiro, em 2022. Nascido em Porto Alegre, o jogador foi formado nas categorias de base do Grêmio e passou por diversos clubes ao longo da sua carreira.
O atacante defendeu equipes de todo o Brasil, como Aimoré, São Luiz e São José, no Rio Grande do Sul, além de Aparecidense (GO), Atlético Sorocaba (SP), Boa Esporte (MG), Joinville e Atlético Tubarão (SC).